Em pronunciamento nesta segunda-feira (14), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a corrupção precisa ser considerada como um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento do país. A avaliação foi feita após comentário sobre recente estudo da consultoria Macroplan, especializada em análises prospectivas, que enumera os principais entraves ao crescimento brasileiro.
"Concordo com todos os itens, mas creio que falta um item fundamental: a corrupção. Não há nenhuma dúvida de que a corrupção é, ao lado da carga tributária exorbitante, o entrave maior ao crescimento econômico do país. Todos os fatos elencados contribuem, mas certamente a contribuição maior é da carga tributária e da corrupção" considerou.
De acordo com esse estudo, os principais entraves ao crescimento do Brasil são a excessiva burocracia, que prejudica o ambiente de negócios e inibe o empreendedorismo; os baixos níveis de escolaridade e de capacitação da população, influenciando de forma negativa a produtividade do fator trabalho; o baixo nível de investimentos em infra-estrutura, contribuindo para o desgaste dos modais de transporte e para limitações de oferta e distribuição de energia; e a elevada carga tributária, combinada com forte expansão e má qualidade do gasto público.
Alvaro Dias acrescentou que a corrupção e a carga tributária também contribuem para que o Brasil apresente índices inferiores de crescimento quando comparado com os demais países emergentes. Esse "cenário de deterioração", segundo o senador, também impede o ingresso de investimentos de grandes grupos econômicos no Brasil.
"Lastimavelmente, muitos dos que governam assimilaram a corrupção, convivem com ela, consideram-na inevitável, colocam-se na trincheira dos impotentes no combate ao mal que é a corrupção. Preferem a omissão, a conivência, e se tornam cúmplices dela. Obviamente isso produz rombos enormes nos cofres públicos, refletindo na ausência de investimentos essenciais, sobretudo em obras estruturantes, que significam a preparação do país para um crescimento maior no futuro" argumentou.