A defesa do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro – que denunciou o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de ter se beneficiado em negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT -, estuda medidas jurídicas contra o vazamento dos depoimentos por ele prestados ao Ministério Público Federal (MPF). A maior preocupação dos advogados é com a proteção de Funaro, direito assegurado àqueles que colaboram com a Justiça em processo de delação premiada.
Funaro indica detalhes de operações que teriam beneficiado o ex-ministro e o PT. Ele aponta o atual tesoureiro do partido e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), João Vaccari Neto, como gerente de negócios dos fundos de pensão ligados à legenda.
Em nota divulgada ontem, a advogada criminal Beatriz Catta Preta, que coordena a defesa de Funaro, destacou que “os fatos expostos pela mídia são parte integrante de procedimento protegido pelo segredo de Justiça”. Ela assinalou que “todos os meios de comunicação” citam como fonte dos dados revelados o MPF do Paraná e a Procuradoria Geral da República (PGR).
“Desta forma, em respeito ao sigilo imposto por força de lei, informo que estamos aguardando a manifestação formal de referidos órgãos acerca dos fatos veiculados envolvendo o nome de meu constituinte, nos últimos dias”, observou a advogada.