O corregedor do Senado Federal, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), disse ao Estadão/Broadcast que já está com as imagens das câmeras de segurança da Casa que registraram a votação para a escolha do presidente do Senado, realizada no último dia 2. No pleito, havia um voto a mais depositado na urna do que o número de parlamentares. Esta votação foi anulada e a seguinte elegeu Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidente do Senado.
Rocha adiantou que não há interrupção nas imagens, ou seja, não houve adulteração. Havia uma especulação de que os vídeos que registraram a sessão tinham sido apagados. Acredita-se que eles possam trazer alguma pista de como o voto a mais foi parar na urna.
“Estou orientando o pessoal do meu gabinete para já começar a examinar as imagens junto da Polícia Legislativa. A polícia tem um equipamento que ajuda a examinar, mas são horas e horas de gravação”, afirmou. “Se fosse só de uma câmera já seria muito trabalho, mas são várias câmeras da polícia e várias câmeras da TV Senado. Isso dá um trabalhão porque a gente vai examinar o momento do voto de cada um dos 81 senadores”, complementou.
Rocha está coordenando a investigação sobre o caso. Do partido de Jair Bolsonaro, Major Olímpio (PSL-SP) protocolou requerimento de investigação. No protocolo, o major pediu “apreensão dos vídeos da sessão para investigação e a concessão de cópias”.