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Correção: PGR pede mais 60 dias para PF concluir investigações sobre Aloysio

A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. O ministro Aloysio Nunes é investigado por supostamente ter recebido da Odebrecht doações para a campanha eleitoral de 2010, e não por, supostamente, ter intercedido em favor da empreiteira nas negociações da empresa Desenvolvimento Rodoviário S. A. (Dersa) em obras do Rodoanel Sul, em São Paulo. Segue o texto corrigido:

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedido para que a Polícia Federal conclua, dentro do prazo de 60 dias, a implementação da diligência de pesquisa de dados e informações nos sistemas de comunicação e de contabilidade paralela usados pela Odebrecht no âmbito do inquérito que apura se houve recebimento de vantagem indevida por Aloysio Nunes (PSDB-SP), quando senador.

Atualmente ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes é investigado por ter recebido da Odebrecht doações para a campanha eleitoral de 2010. O documento foi enviado ao ministro Gilmar Mendes, relator do inquérito, na Corte. Em novembro, o ministro admitiu em declarações à Polícia Federal ter pedido doações e assumiu ainda ter se reunido no Palácio dos Bandeirantes com o delator Carlos Armando Paschoal, o CAP, que o acusa de receber R$ 500 mil em caixa 2, por meio de dois repasses.”

No parecer, a procuradora-geral pede ainda que a PF tenha acesso e possa analisar a lista de hóspedes de hotéis da cidade de São Paulo, onde eram feitas as entregas de dinheiro pago pela Odebrecht a Aloysio Nunes, de acordo com depoimento de Carlos Armando Paschoal, ex-executivo da empreiteira, à PF. Paschoal afirma que “(..) o representante de Aloysio Nunes indicou hotéis na zona sul de São Paulo como local para o recebimento das duas parcelas de R$ 250.000.00.”

“Feito este breve relato, requeiro o retomo do Inquérito à Polícia Federal, pelo prazo de 60 dias, para a implementação da diligência de pesquisa de dados e informações referida no Despacho de fls. 88/90, além da conclusão da que se encontra pendente”, escreve Raquel, no documento assinado em 5 de abril.

A manifestação da procuradora-geral é uma resposta à solicitação de 8 de março do delegado Leandro Alves Ribeiro, responsável pela investigação no âmbito da Polícia Federal.

“Diante do término do prazo fixado para a realização de diligências nos autos do presente Inquérito, remetam-se os autos ao Supremo Tribunal Federal, pugnando pela prorrogação de prazo (60 dias) para o conclusão das investigações, em especial o recebimento e análise da lista de hóspedes dos hotéis da cidade de São Paulo/SP, bem como para apreciação do pedido feito pela Polícia Federal para acesso irrestrito aos sistemas de comunicação (“Drousys”) e contabilidade paralela (“My Web Day B”) do grupo ODEBRECHT e, caso deferido o acesso, para a realização de análise dessas informações no interesse do presente Inquérito”, escreveu Ribeiro.

À reportagem, o ministro afirmou esperar que essa seja a última prorrogação. “A Constituição garante aos cidadãos duração razoável das investigações. Eu também espero que isso se aplique aos inquéritos.”

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