Correção: confronto de manifestantes tem tiros e dois presos

A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. O policial civil preso durante a manifestação de hoje foi Marcelo Tadeu Penha Cardoso, do Maranhão, e não o policial reformado Jorge Luiz Damasceno Vidal. Segue o texto corrigido:

O gramado em frente ao Congresso Nacional foi palco de manifestações que terminaram com tiros, duas pessoas presas e parlamentares atingidos por spray de pimenta, na tarde desta quarta-feira, 18, enquanto deputados e senadores votam os vetos presidenciais.

A primeira confusão aconteceu durante a passagem da Marcha das Mulheres Negras pelo Congresso, quando integrantes do ato entraram em confronto com manifestantes que pedem a intervenção militar no País acampados no gramado do canteiro central da Esplanada dos Ministérios.

Os intervencionistas acusaram os integrantes da marcha de destruírem barracas e o boneco inflável gigante do general Antonio Hamilton Martins Mourão. Membros da passeata, por sua vez, acusaram os intervencionistas de atirar e jogar bombinhas nos integrantes do ato.

Segundo o major da PM Juliano Farias, o homem que atirou foi o mesmo que tinha sido conduzido pela Polícia Militar na última sexta-feira, 13, apenas com um revólver, que foi liberado em seguida, o policial civil Marcelo Tadeu Penha Cardoso, do Maranhão. Ele foi detido novamente pela PM hoje e encaminhado à delegacia.

Farias afirmou à reportagem não saber por que o policial foi solto pelo 5º DP após ser preso na sexta-feira. De acordo com o comandante da operação, a PM encaminhará ofício ao Ministério Público questionando os motivos para a soltura.

Spray de pimenta

O major explicou ainda que, para evitar o contato corporal com os manifestantes, a polícia teve de usar spray de pimenta para dispersar a confusão. O spray também atingiu jornalistas e deputados que foram ao protesto para averiguar o que estava acontecendo, entre eles, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

O petista retornou à Câmara com olhos irritados e lacrimejando. Ele explicou que foi ao local da confusão por ser presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. “Me pegaram por trás, não deu para ver nada”, afirmou, antes de ser atendido no posto médico da Casa.

Segunda confusão

Quando finalmente a confusão entre os integrantes da Marcha e manifestantes que pedem a intervenção militar acabou, um novo protesto aconteceu no gramado em frente ao Senado. Um homem ainda não identificado disparou três tiros e foi preso pela PM.

Logo em seguida aos disparos, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) desceram para o gramado e tentaram arrancar a faixa pedindo o impeachment instalada por movimentos acampados no local há quase um mês, mas foram contidos pela Polícia Militar e Legislativa.

Revista

A confusão tumultuou também a sessão do Congresso para apreciação de vetos e dominou os discursos. O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que a Polícia Militar e Polícia Federal revistassem as barracas em busca de armas.

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