A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. Ricardo Saud é diretor de relações institucionais do grupo J&F, do qual o frigorífico JBS faz parte. E não ex-diretor da JBS, como estava escrito. Segue o texto corrigido:

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Em mais uma ofensiva no Congresso Nacional contra o grupo J&F, responsável pela JBS, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 7, em votação simbólica, requerimento para ouvir o diretor de relações institucionais do grupo Ricardo Saud. O colegiado quer que ele esclareça de que forma pagou propina a 1.890 políticos e a servidores do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O executivo não é obrigado a comparecer.

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O requerimento aprovado é de autoria do deputado Hildo Rocha (MA). Ele filiado ao PMDB, mesmo partido do presidente Michel Temer e do suplente de deputado Rocha Loures (PR), ambos incriminados na delação da JBS. O pedido original solicitava apenas a oitiva do ex-diretor de crédito da Odebrecht João Nogueira para esclarecer informações prestadas por ele em delação premiada de que a empreiteira mantinha pagamentos a servidores do BNDES.

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Vice-líder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (MA) pediu para acrescentar no requerimento o pedido para ouvir Saud. “Ele precisa fizer de que forma pagou propina para 1.890 políticos”, afirmou Avelino à reportagem. Em delação premiada, Saud afirmou que o frigorífico JBS distribuiu quase R$ 600 milhões em propina. Segundo o delator, o grosso dos recursos foi destinado a candidatos, em troca de contrapartidas no setor público.

Essa é a segunda ação da comissão de Finanças e Tributação da Câmara contra a JBS. Na semana passada, o colegiado aprovou pedido de fiscalização, em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU), para averiguar irregularidades cometidas pelo grupo J&F nos mercados financeiros e de capitais nacionais. A ação foi proposta pelo líder do DEM, Efraim Filho (PB), e contou com apoio de vários líderes da base aliada e da oposição.