O ex-presidente do Banco Central e um dos economistas criadores do Plano Real, o tucano Gustavo Franco, disse que um partido dividido “meio a meio” é sempre ruim e que ao corpo técnico do partido “está incomodado” com a permanência do PSDB no governo de Michel Temer.

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No início do mês, quatro economistas endereçaram uma carta ao presidente interino do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) – além de Franco, assinaram os tucanos Elena Landau, Edmar Bacha e Luiz Roberto Cunha – pedindo o desembarque do partido do governo e uma renovação da direção.

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“Pedimos também uma refundação ética e programática do partido e achamos que hoje o PSDB está muito ligado ao manifesto de formação do partido que é de 1988”, disse Franco.

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Desde então, frisa, houve muitas mudanças no País, o que gera a necessidade de uma reflexão interna. “O crescimento subtraiu a assertividade do partido. Hoje ele está gasoso em seu pensamento econômico e isso nem sempre é claro ao seu eleitorado”, afirmou.

O intuito com a carta, afirmou, foi sensibilizar o partido, mas ele lembrou que a mesma teve ampla repercussão e que o grupo já foi ouvido e ainda será ouvido pelo partido.