Em resposta à cobrança por informações mais detalhadas sobre o andamento dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, o coordenador do grupo, Paulo Sergio Pinheiro, disse nesta segunda-feira em São Paulo que “cada um tem seu estilo”. “Eu não vou me mudar aos 70 anos para ser igual ao Ivan Seixas”. Ele reagia à insinuação de que a Comissão Estadual da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo – coordenada pelo ex-preso político Ivan Seixas – estaria avançando mais rápido em suas investigações do que a comissão nacional.

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O comentário de Pinheiro ocorreu pouco depois de um protesto feito pelo movimento Levante Popular, durante a abertura do acesso digital a documentos do antigo Departamento de Ordem Pública e Social (Dops) paulista, no Arquivo Público do Estado. Os jovens subiram ao palco, exibiram cartazes e cobraram “mais transparência” da comissão. Além disso, o grupo pediu a divulgação de relatórios parciais, a prorrogação do trabalho do colegiado por mais dois anos – o fim da comissão está previsto para maio de 2014 – e a organização de audiências públicas junto à sociedade. Segundo o jornal O Globo, a presidente Dilma Rousseff chegou a cobrar de Pinheiro a abertura ao público das informações obtidas. O coordenador, porém, quer apresentar os resultados só no relatório final.

O ex-ministro José Dirceu publicou nesta segunda, em seu blog, texto afirmando que a comissão se aproxima da metade de seu prazo tendo como maior feito a apuração do desaparecimento do deputado Rubens Paiva, ao qual “não trouxe muitas novidades”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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