O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse hoje que vai analisar diálogos entre o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e parlamentares de Goiás. O empresário foi preso no final de fevereiro durante uma operação da Polícia Federal em Goiás.
Suspeito de chefiar um grupo que explora máquinas caça-níqueis, Cachoeira manteve conversas telefônicas com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e presenteou o parlamentar com uma geladeira e um fogão importados.
De acordo com Gurgel, existem diálogos entre Cachoeira e outros congressistas de Goiás. “A coisa não diz respeito apenas ao senador Demóstenes. Há outros parlamentares do Estado de Goiás. São pessoas que estão sujeitas à jurisdição da Procuradoria Geral da República, mas isso realmente tem de ser analisado. Vou examinar”, disse Gurgel.
Na semana passada, Demóstenes negou que tenha sido investigado pela Procuradoria por suspeita de ligação com Carlinhos Cachoeira. “A Coordenadoria de Processos Criminais da Procuradoria-Geral da República informou que não há nada no Ministério Público Federal, nenhuma investigação ou processo que envolva o meu nome”, afirmou. “Não sou investigado em nenhum fato, não sou acusado de nada”, acrescentou.