O presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, está tendo trabalho para convencer os peemedebistas de todo o estado que nada mudou no projeto de lançar o vice-governador Orlando Pessuti ao governo nas eleições de 2010.
Desde domingo passado, quando o deputado Luiz Claudio Romanelli, vice-presidente estadual do partido, encontrou-se com o senador Osmar Dias, pré-candidato do PDT ao governo, Pugliesi tem sido procurado por vários filiados e lideranças do interior querendo saber para que lado está pendendo o partido.
Romanelli esteve com Osmar para conversar sobre a sucessão de 2010. Segundo o deputado, o contato foi feito a pedido do governador Roberto Requião. “Não existiu nenhuma conversa oficial. Todo mundo está conversando com todo mundo. E o que tem de concreto no PMDB é que o Pessuti é nosso candidato”, disse Pugliesi, relatando que foi cobrado pelos peemedebistas de várias cidades.
“Nós fizemos uma convocação ao partido para trabalhar pela candidatura do Pessuti. Então, eles querem saber o que aconteceu porque tomaram conhecimento pelos jornais”, comentou.
Ciciro Back |
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Pugliesi: todo mundo conversa. |
A resposta de Pugliesi é que as conversas entre partidos e suas lideranças são parte da rotina da temporada pré-eleitoral, embora não aprove o que chamou de “voluntarismo”.
O dirigente peemedebista minimiza os efeitos das costuras feitas à margem do partido. “Todo mundo está conversando com todo mundo. Ninguém tem certeza sobre coisa alguma nesta fase. Quem é que pode dizer que tem certeza sobre o que vai acontecer no próximo ano?”, questionou o dirigente, para explicar por que os movimentos no partido, por alguns de seus integrantes, são feitos ora para um lado ora para outro.
“Nós estamos construindo a candidatura do Pessuti e isso não impede que o Curi (deputado Alexandre Curi) converse dezoito vezes por dia com o Beto Richa. Uma peça se move numa direção e já dizem que estamos com o Osmar. Outra se move para lá e dizem que estamos com o Beto Richa”, afirmou”, exagerou Pugliesi.
Agência Senado |
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Osmar: civilidade na política. |
Mas as posições partidárias são diferentes, comparou. “O partido precisa ter posições coletivas. As pessoas precisam ter delegação para poder falar oficialmente pelo partido”, defendeu o presidente estadual do PMDB.
O presidente do partido disse que também mantém conversas freqüentes com Osmar e o senador Álvaro Dias, pré-candidato do PSDB ao governo. “Existe vida civilizada entre alguns políticos”, brincou Pugliesi.
Atração
Pugliesi afirmou que o PMDB ocupa uma posição estratégica no processo eleitoral e, por isso, exerce uma atração sobre todas as candidaturas ao governo do estado.
“Todos os políticos que têm a cabeça no lugar gostariam de ter o apoio da maior organização partidária no estado. Do partido que tem o maior número de vereadores e prefeitos. É normal”, disse o presidente do partido.