Foi-se o tempo em que as convenções partidárias eram definitivas e, ao encerrá-las os partidos concluíam as escolhas sobre candidatos e coligações. Três partidos realizaram suas convenções ontem, mas nenhum deles saiu 100% decidido.
Quem ficou mais perto disso foi o PSOL, que oficializou o primeiro candidato ao governo do Estado, o funcionário público Luiz Felipe Bergmann. O PSOL também confirmou os nomes de Luiz Piva e Walmor Venturini para o Senado.
Mas o partido deixou aberta a vaga para vice-governador e as candidaturas para as eleições proporcionais, pois ainda espera resposta do PCB sobre uma aliança. No PSB e no PDT, nenhuma novidade.
O partido do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB) confirmou o apoio a Beto Richa (PSDB) ao governo do Estado, com base numa autorização da executiva nacional, mesmo com o partido apoiando Dilma Rousseff (PT) à presidência da República.
Mas, como não há conclusão sobre os demais candidatos da coligação, a convenção deixou em aberto os nomes para vice, e para o Senado. Da convenção, saiu autorização para que a executiva estadual tome as decisões até o dia 30.
O PSB decidiu, também, que não aceitará coligação com partidos maiores ou do mesmo porte nas eleições proporcionais, mas deixou em aberto a possibilidade de completar sua chapa, que tem 45 candidatos a deputado federal e 50 a estadual, com aliados de partidos menores.
No PDT, a convenção, realizada a portas fechadas, reuniu apenas os 31 convencionais com direito a voto. Mas, sequer os nomes dos candidatos a deputado federal e estadual foram homologados.
“Abrimos a convenção, decidimos delegar à Executiva Estadual todas as decisões a respeito de coligações, chapas e candidaturas. E, na sequência, suspendemos a convenção por tempo indeterminado”, disse o senador Osmar Dias, o primeiro a anunciar-se como pré-candidato ao governo, mas que, até agora, não confirmou sua candidatura. Para decidir, o PDT do Paraná espera o resultado da Convenção Nacional do partido, marcada para amanhã.
Primeiro candidato
Luiz Felipe Bergmann é o primeiro candidato homologado por seu partido ao governo do Estado. Com 1% das intenções de voto na pesquisa Vox Populi divulgada no mês passado, Bergmann entra na campanha com o objetivo de levar as ideias socialistas ao debate e tentar puxar a eleição de, ao menos, um deputado estadual.
“Se dobrarmos esse índice de 1%, com 2% já conseguiremos fazer uma cadeira na Assembleia”, disse. Bergamann informou que terá uma reunião final com o PCB na sexta-feira para tentar a coligação.
Bergmann disse que o partido levará questões como a reforma agrária, violência urbana e redução da jornada de trabalho para o debate e confia na eleição de deputados pela necessidade de renovação da Assembleia.
“Infelizmente e desgraçadamente, aconteceu esse escândalo na Assembleia e é momento de mudança. Todos os deputados, todos, os partidos que têm representantes na Assembleia têm culpa no cartório”, disse.
