Mais uma convenção estadual foi realizada e, mais uma vez, a decisão foi postergada. Os convencionais do PTB, reunidos ontem, em Cambé (norte do Estado) decidiram delegar à Executiva Estadual a responsabilidade sobre todas as decisões acerca do pleito de outubro.
Apesar do adiamento da decisão, é consenso no partido o apoio à candidatura de Beto Richa (PSDB) ao governo do Estado, faltando ao partido apenas fechar a questão das coligações na proporcional para oficializar a aliança.
“Ficou delegado para a Executiva, mas a tendência é irmos com Beto. Só não conseguimos fechar isso hoje (ontem) porque ainda dependemos das coligações. Ainda estamos buscando uma coligação na proporcional para fechar essa aliança”, disse o presidente estadual do partido, deputado federal Alex Canziani. “Queremos ter condições de eleger dois deputados federais e três estaduais. Para isso, até aceitamos o chapão que o PSDB quer montar para a eleição de deputado estadual, mas, para federal, queremos uma coligação com partidos menores, apenas. Ainda nesta semana deveremos ter essa situação definida”, disse.
Da convenção, também ficou definido que o partido não pleiteará candidaturas a vice-governador ou ao Senado na chapa de Beto Richa, aceitando os nomes indicados pelos demais partidos da coligação.
O PTB será o terceiro partido da base do governo Lula a, no Paraná apoiar o candidato do PSDB, Beto Richa, ao governo do Estado. Antes do partido de Canziani, o PSB, do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci e o PP, do ex-vice-líder de Lula na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros já formalizaram apoio à candidatura tucana.
O PSB herdou a prefeitura da capital com a renúncia de Beto para se desincompatibilizar para disputar o governo, enquanto o PP conseguiu uma vaga para que Barros dispute as eleições para o Senado na chapa do PSDB.
A reivindicação do PTB foi mais modesta. “Queremos apenas boas coligações nas proporcionais que nos permitam eleger dois federais e três estaduais”, disse Canziani.
O PTB também rachou nacionalmente, o presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, anunciou apoio a José Serra (PSDB), apesar de os líderes petebistas na Câmara, Jovair Arantes (GO), e no Senado, Gim Argello (DF), por exemplo, serem da base governista e apoiarem a pré-candidata petista Dilma Rousseff (PT).
Segundo Canziani, que também declarou preferência por Dilma, a direção nacional do PTB deverá liberar os parlamentares e os diretórios estaduais na campanha.