Contadora cita ‘visitas’ de Vargas e Negromonte a escritório de doleiro

A contadora Meire Poza depôs pelo segundo dia consecutivo à Justiça Federal, em Curitiba (PR). O depoimento durou cerca de 30 minutos, e na saída, Meire, que foi arrolada como testemunha de acusação na Operação Lava Jato no caso que envolve a OAS, apenas confirmou a acusação de que o doleiro Alberto Youssef levava malas de dinheiro para a empreiteira, assim como citou o ex-deputado André Vargas e ex-ministro Mario Negromonte como pessoas “constantes” no escritório, fato que já havia sido relatado na audiência de terça-feira, 3.

“Algumas situações de envio de dinheiro eu fiquei sabendo, que Alberto levou dinheiro na OAS e buscava, por conta disso o MP me arrolou, mas eu nunca soube de valores, ele apenas mostrava uma mala e dizia que tinha dinheiro”, disse.

Meire também não detalhou as operações e não soube informar o montante de dinheiro, além de ter afirmado que não esteve na OAS. “Nunca fui à OAS, ficava com o Alberto no carro e isso aconteceu uma vez só , em janeiro de 2014”, afirmou.

Meire também falou que na empresa GFD, todos sabiam que Youssef era doleiro. “Todos sabiam que ele (Youssef) tinha relacionamento com a UTC, sabia que ele tinha relacionamento, todo mundo sabia que o Alberto era doleiro.”

Com relação aos políticos que visitavam o escritório, ela comentou sobre Vargas e Negromonte. “Nunca soube o que Andre Vargas e Mario Negromonte, iam fazer lá, eu não tinha essa condição, mas sabia que eles iam bastante”, comentou.

Além de Meire, o delegado da Polícia Federal, Marcio Anselmo, o operador Leonardo Meireles e os executivos da Toyo Setal, Augusto Mendonça e Julio Camargo, também prestaram depoimentos. Durante a tarde, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró sentiu um mal súbito e precisou ser medicado na carceragem da Polícia Federal.

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