A defesa do senador Delcídio Amaral (PT/MS), preso nesta quarta-feira, 25, por suspeita de tentar barrar a Operação Lava Jato, reagiu à ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados do líder do Governo no Senado questionam a ‘imposição de prisão a um senador da República que sequer possui acusação formal contra si’.

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Delcídio não é formalmente acusado pelo Ministério Público Federal. “A Constituição não autoriza prisão processual de detentor de mandato parlamentar e há de ser respeitada como esteio do Estado Democrático de Direito”, argumentam os advogados Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho e Maurício Silva Leite, que compõem o núcleo de defesa do senador.

Os advogados de Delcídio manifestam ‘inconformismo’ em relação à decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal e a convicção de que o entendimento inicial será revisto. Tosto e Leite protestam, ainda, contra o fato de que ‘as imputações partiram de um delator já condenado’.

Eles se referem a Nestor Cerveró, ex-diretor de área Internacional da Petrobrás – preso desde janeiro. Cerveró já foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, por isso a defesa questiona a prisão já que há muito tempo o delator vem tentando obter favores legais com o oferecimento de informações.

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