Na onda do PMDB e PSDB, que estudam punições a seus deputados infiéis, o PPS encaminhou para seu conselho de ética o caso do deputado Felipe Lucas, o que ganhou o ônibus em miniatura na escolinha de governo de Roberto Requião e tem votado com os governistas na Assembléia Legislativa. O deputado tem 15 dias para apresentar sua defesa.
Sem querer polemizar, o presidente do PPS do Paraná, Rubens Bueno, disse que a comissão de ética é que, após conversar com o deputado, irá resolver a situação, mas salientou que ?o Paraná nos indicou para a oposição, e é para isso que temos que trabalhar?.
Felipe Lucas informou que ainda não leu a convocação, mas disse considerá-la sem nexo. ?Todos sabem da minha posição. Deixei bem claro no segundo turno das eleições?, disse o deputado, que apoiou Roberto Requião (PMDB) no pleito do ano passado, enquanto seu partido aliou-se a Osmar Dias (PDT).
Questionado sobre se o fato de permanecer em um partido de oposição, embora vote com o governo, não o causa constrangimento, Felipe Lucas retrucou: ?O que causou constrangimento não só a mim, mas a muitos militantes do partido, foi a aliança feita com o antigo PFL na eleição do ano passado?, disse, indicando que quem mudou de posição foi a direção do partido, e não ele. Apesar dos desentendimentos, Felipe Lucas acredita que, conversando, conseguirá chegar a uma solução, sem ter de deixar o partido. ?Mas o parlamentar precisa de liberdade, não pode ser escravo da direção do partido?, argumentou.