O Conselho de Ética da Câmara de Curitiba abre hoje processo para apurar novas irregularidades envolvendo o vereador Algaci Túlio (PMDB), acusado de recolher parte dos salários dos seus funcionários comissionados. A denúncia contra o parlamentar foi feita na sexta-feira pela emissora RIC TV. De acordo com a reportagem, os funcionários são obrigados a devolver até 80% de seus salários, quantia que seria recolhida pela secretária de Túlio.
O presidente do conselho, Francisco Garcez (PSDB), encaminhará a documentação à Procuradoria Jurídica da Câmara e espera receber o parecer em três dias, antes do recesso dos vereadores. Depois disso o grupo vai ouvir os envolvidos no caso. “É uma situação complicada, temos que agir com cautela, mas teremos rigor, equilíbrio e transparência”, disse. Garcez afirmou ainda que pretende evitar que as investigações sigam durante o período de campanha eleitoral.
Processo
A denúncia pode complicar ainda mais a situação do vereador na Casa e junto ao partido. Túlio também é alvo de processo no PMDB, que avalia seu envolvimento no esquema de destinação de verbas para a publicidade da Câmara. O Ministério Público (MP) ainda não recebeu nenhuma denúncia sobre o caso e só poderá iniciar o processo após solicitação formal.
Procurado para responder as denúncias, o vereador Algaci Túlio afirmou que a acusação “não é verdadeira” e que só falará sobre o assunto para o Conselho de Ética da Câmara.
