Mesário mais velho do País

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Desde 1950, José Carlos Mello Rocha, 81 anos, cumpre seu papel cívico e trabalha como mesário nas eleições, e, por isso, se tornou o mesário mais antigo do Brasil. Ontem, durante a votação do primeiro turno do pleito municipal de Curitiba, Seu José não fugiu à regra e exerceu mais uma vez a função que tanto gosta no Colégio Estadual Barão do Rio Branco. “É sempre uma alegria. Foi uma eleição tranquila e espero que continue assim no segundo turno”, afirma. Apesar de gostar de contribuir com a democracia, Seu José conta que esta é sua última eleição. “Sempre chega a hora de parar”, comenta.

Sujeira eleitoral

Gerson Klaina

Apesar de proibidos, os “tapetes de santinhos” marcaram presença mais uma vez em frente aos locais de votação da capital. Propagandas de diversos candidatos e partidos variados já estavam espalhados pela cidade desde a madrugada e incomodaram os eleitores. Alguns até escorregaram, tamanho era o volume de papel jogado na rua. “Cheguei aqui às 6h30 e já estava tudo sujo. Muita gente reclama, mas ninguém veio limpar”, disse Emilia Lopes, 24, que passou o domingo vendendo doces em frente à Escola Municipal Duílio Calderari, no São Lourenço. Também estavam espalhados pela cidade cartazes e alguns cavaletes de candidatos.

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Chance de faturar

Gerson Klaina
João Bola passou o domingo vendendo espetinhos.

Vendedores de doces, espetinhos e de até brinquedos aproveitaram o domingo para aumentar a renda. Chegaram cedo aos locais de votação e só saíram de lá depois das 17h. Um deles é João Anderson Pereira de Mattos, 56, mais conhecido como João Bola. Ele, que foi Rei Momo por quatro anos na década de 1990, mora próximo ao Colégio Estadual Santa Cândida, onde montou sua churrasqueira e passou o domingo vendendo espetinhos. De acordo com Mattos, o dia de eleição está entre os mais movimentados, junto com o Dia de Finados. “Cheguei aqui 4h30. Às 5h30 acendi a churrasqueira e já comecei a vender pro pessoal que tava na fila desde cedo”, disse.

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Ao lado de João Bola estava o vendedor Helton Manuel, 20, que ontem decidiu vender brinquedos aos eleitores pela primeira vez. “Tem muita gente aqui, está bom o movimento. Vendi bastante brinquedo pros pais que vieram com os filhos, mas também por causa do Dia das Crianças”, diz ele, que lucrou cerca de R$ 200.

Sempre tem os atrasadinhos

Gerson Klaina
Francielle encontrou a porta da seção eleitoral fechada.

“Brasileiro sempre deixa pra cima da hora”. A justificativa da confeiteira Lorena Savarin, 58, pode ilustrar a situação das pessoas que não conseguiram votar porque chegaram atrasadas aos seus locais de votação. Ela chegou ao Colégio Estadual Santa Cândida faltando quatro minutos para o horário limite “por causa do atraso do ônibus” e ainda conseguiu votar.

Já a publicitária Francielle Babrilla, 27, não teve a mesma sorte. Ela conseguiu entrar no colégio, mas encontrou a porta de sua seção fechada. “Cheguei às 17h, ainda me avisaram que tinha que correr, mas não me deixaram entrar porque já tinha encerrado a votação e estavam imprimindo os relatórios”, lamentou. Além dela, outra eleitora não conseguiu votar. Ela também entrou no loc,al às 17h, mas, com problemas de locomoção, não chegou a tempo em sua seção eleitoral.