O áspero debate na Câmara Municipal de Curitiba entre os vereadores Roseli Izidoro (PT) e Jônatas Pirkiel (PL), no último dia 23, continua a render polêmica. Pirkiel se referiu à colega em termos considerados desrespeitosos, provocando manifestações de repúdio à sua atitude e de desagravo em relação à petista.
Estava previsto para a sessão de ontem um ato público em defesa da instalação de uma comissão de ética para examinar a eventual quebra de decoro parlamentar por parte do representante do PL. Vários manifestantes compareceram portando faixas. Roseli Izidoro deveria falar por 15 minutos no horário do grande expediente, seguindo-se a tréplica de Pirkiel. O vereador que presidia os trabalhos, Jair Cezar, chamou-a para ocupar a tribuna. Como ela não atendeu de imediato, foi considerada ausente, passando a palavra ao inscrito a seguir.
A vereadora distribuiu uma carta aos colegas onde acusa os vereadores Fábio Camargo (PFL), autor de um projeto estabelecendo a obrigatoriedade de empacotadores nos caixas de supermercado, por ela questionado quanto à constitucionalidade, e Pirkiel, de agredi-la verbalmente. No caso deste último a acusação é mais categórica: "Desferiu ataques contra a minha pessoa desqualificando-me como parlamentar do Partido dos Trabalhadores, e ferindo minha moral como mulher". O vereador também teria dito e repetido que "graças a Deus não teria que dormir" com a colega. Izidoro definiu a maioria dos vereadores "como um bando de fisiologistas" e advertiu para a necessidade de se restabelecer o tratamento respeitoso em plenário, sob pena de abrir caminho para agressões mais graves.