O senador do DEM Wilder Morais (GO) disse que Dilma “dá sinais de que não tem prestígio, força ou respaldo político” para governar. “Cada conduta ilícita ilustra estado de desordem que tomou conta do País”, disse.

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Ele anunciou que irá votar com o relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), que deu parecer favorável à admissibilidade do processo de impeachment. “O Brasil necessita urgentemente de um governante capaz de dialogar com toda corrente política do Congresso”, sugeriu.

Segundo Morais, o brasileiro “continua de pé graças à própria luta”. Ele citou, ainda, a necessidade de “discutir leis penais e violência” e elogiou Henrique Meirelles, cotado para o Ministério da Fazenda de um eventual governo Michel Temer (PMDB-SP). “É preciso gastar só o que se tem e não quebrar os contribuintes”, afirmou.

Waldemir Moka

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O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) dedicou boa parte do seu tempo de fala para elogiar o governo de Fernando Henrique Cardoso. “O PT recebeu um país com situação normalizada, com respeito internacional e indicadores econômicos estáveis, com inflação controlada e oferta de emprego”, disse.

Ele afirmou que o Senado é a instituição soberana para a decisão do impeachment e que seu voto a favor do impeachment está alicerçado sobre evidências robustas. “O Brasil precisará começar do zero para reconquistar os avanços iniciados a partir da edição do Plano Real”.

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“Caso impeachment seja aprovado, Dilma entregará um esqueleto de R$ 250 bilhões. Não percamos de vista os maus exemplos deste governo”, afirmou.

Álvaro Dias

O senador Álvaro Dias (PV-PR), afirmou nesta quarta, 11, durante pronunciamento na sessão da Comissão Especial de Impeachment que avalia o afastamento de Dilma Rousseff (PT), que o País levará 10 anos para voltar ao padrão de vida de 10 anos atrás, numa referência à crise econômica. “Este processo começou anos atrás, na época do escândalo dos Correios. Na esteira dos escândalos, veio insatisfação popular e banalização da corrupção”, avaliou.

O parlamentar citou os protestos pelo impeachment e o surgimento de uma “nova Justiça que alcança os poderosos” como exemplos de mudanças. “A mudança tem que chegar agora à política, ou seremos apeados da atividade pública”, cobrou.

Ainda segundo ele, o sistema “promíscuo” é a razão direta do processo de impeachment de Dilma e ainda a matriz de governos corruptos “que foi clonado e tornou-se suprapartidário”, afirmou. “Esse sistema tem de ser substituído e não se justifica porque esgotou a capacidade do Estado de investir. Esse sistema interessa aos mensaleiros, aos gafanhotos, sanguessugas, aos filhos do petrolão e aos chupins da República”, concluiu.