Concurso gera primeiro conflito na transição

A realização do concurso público para a contratação de professores para a rede estadual de ensino, marcado para o próximo domingo, gerou o primeiro impasse no processo de transição do governo.

O vice-governador eleito e coordenador da equipe de transição, Orlando Pessuti (PMDB), não chegou a um acordo com o secretário da Administração, Ricardo Smijtink, sobre o adiamento do concurso. Será feita uma nova tentativa de entendimento hoje quando as duas equipes de transição terão a primeira reunião oficial, marcada para o período da manhã na secretaria da Fazenda.

O governador eleito, Roberto Requião (PMDB), pretende convencer Lerner a deixar a realização do concurso para depois da sua posse. Requião justifica que os atuais professores celetistas não tiveram tempo para se preparar para as provas e gostaria também que o tempo de trabalho de quem já atua na função fosse contado como pontos na prova de títulos. Um projeto de lei estabelecendo este critério deverá ser apresentado hoje por Pessuti na Assembléia Legislativa.

O governador eleito acha que os celetistas poderiam aproveitar as férias de janeiro para estudar antes das provas. Na conversa de ontem, realizada no final da tarde, entre Pessuti e Smijtink, acompanhada pelo presidente da APP-Sindicato, José Lemos, o secretário manteve a posição do governador Jaime Lerner (PFL), já manifestada na conversa com Requião na segunda-feira, de que não vê motivos para cancelar o concurso ou alterar sua data.

Começo

Em reunião coordenada por Pessuti, na manhã de ontem, a equipe técnica nomeada pelo governador eleito iniciou os trabalhos de diagnóstico da situação financeira, econômica e administrativa do Estado. De acordo com Pessuti, a maior preocupação da equipe é com o perfil da dívida do Paraná e seu comprometimento na receita geral, a real arrecadação, os contratos firmados com multinacionais e os convênios com a União e os municípios.

A equipe de transição espera ter um diagnóstico completo da situação financeira do Estado até o fim do mês, quando começa a ser votado, na Assembléia Legislativa, o orçamento para 2003.

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