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Como presidente em exercício, Rodrigo Maia sanciona Orçamento 2017, sem vetos

O presidente em exercício, Rodrigo Maia, sancionou, na manhã desta terça-feira, 10, sem vetos, o Orçamento Geral da União de 2017. A sanção será publicada no Diário Oficial da União (DOU) da quarta-feira, 11. Maia está no exercício da Presidência da República, já que o presidente Michel Temer está em Lisboa, onde foi participar do funeral do ex-presidente português Mário Soares.

A lei orçamentária prevê como meta para 2017 um déficit primário de R$ 139 bilhões. Para a área da saúde, foram destinados R$ 115,3 bilhões, em atendimento do mínimo constitucional de 2017 previsto pela PEC do Teto de Gastos, que é de 13,7% da Receita Corrente Líquida (RCL). O mínimo foi alcançado com o atendimento de emendas destinadas à saúde, sendo R$ 4,8 bilhões individuais, R$ 2,2 bilhões coletivas e R$ 2,7 bilhões alocados pelo relator.

Para a educação, o valor destinado será acima do piso constitucional – de 18% – e a área deve receber R$ 85,6 bilhões em 2017, dos quais R$ 52,2 bilhões são recursos vinculados.

O valor do salário mínimo passou de R$ 880 para R$ 937 a partir de 1º de janeiro, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no fim do ano passado. O governo autorizou uma elevação de 6,74%, estimativa do Ministério da Fazenda para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE.

O reajuste deve injetar R$ 38,6 bilhões na economia do ano que vem, o equivalente a 0,62% do PIB, de acordo com o Ministério do Planejamento. O reajuste ficou R$ 2,29 menor do que o projetado pelo governo. O motivo é que, ao reajustar o salário mínimo no fim do ano passado, para R$ 880,00, o governo usou uma projeção de 11,57% para a inflação.

A LOA também estima em 1,6% o crescimento do PIB para 2017 e em 4,8% a inflação.

Aprovação

O Congresso aprovou no dia 15 de dezembro a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento de 2017 já com seus principais valores limitados pela PEC do Teto. A votação foi rápida após um acordo entre governo e a oposição. Enquanto a LDO não fosse aprovada, não haveria recesso parlamentar.

O acordo para aprovar todos os itens da pauta do fim de ano, considerada muito extensa, foi costurado pelo líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), com o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), que desistiu do kit obstrução contra as propostas.

A oposição queria que fossem derrubados três dos nove vetos presidenciais, pedido que foi atendido pelo governo, que aceitou derrubá-los. Em contrapartida, aceitou, junto com o PSDB, retirar os três destaques que haviam sido apresentados ao texto da LDO em agosto e que atrasariam a deliberação.

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