Os comitês eleitorais dos candidatos ao governo e à presidência da República estão em fase de preparação para o dia da eleição, no próximo domingo. Uma das principais preocupações é a organização das equipes de fiscalização e a escolha dos delegados que irão atuar nos locais de votação.
O PT e o PMDB estão fazendo uma chamada geral da militância para que se cadastrem como voluntários da fiscalização. A intenção é colocar um fiscal para cada urna. Esta também é a meta das campanhas do PSDB e do PDT, que até ontem já haviam convocado vinte e sete mil pessoas.
O responsável pelo trabalho de fiscalização da campanha do senador Osmar Dias (PDT) ao governo, José Antonio Andreghetto, disse que as equipes somente serão fechadas na véspera da eleição. ?Como é trabalho voluntário, nós temos que cadastrar os interessados e, até a última hora, estaremos trabalhando nisso?, afirmou.
No PMDB, o esforço é para reunir o maior número possível de fiscais. O presidente do diretório municipal do PMDB, Doático Santos, disse que tão importante quanto monitorar a votação, para que não ocorra nenhuma irregularidade, os delegados e fiscais são a vitrine do candidato no dia da eleição e podem render votos. ?O pessoal que vai trabalhar como fiscal e delegado é a presença da campanha nos locais de votação?, disse o dirigente partidário.
Doático citou que há levantamentos mostrando que, mesmo não fazendo a chamada propaganda de boca-de-urna, os fiscais e delegados costumam garantir um bom percentual de votos para o candidato do partido. ?Estas pessoas acabam sempre encontrando um amigo, um conhecido e isso influencia. É, na prática, o último contato da campanha com o eleitor?, afirmou.
O comitê central da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está reconvocando os militantes que trabalharam no primeiro turno para os candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembléia Legislativa. A coordenação petista pretende mobilizar novamente todos os fiscais e delegados do primeiro turno, só que, desta vez, com a atenção exclusivamente voltada para a sucessão presidencial.
Uma das tarefas dos fiscais é acompanhar o início do funcionamento das urnas eletrônicas e, depois, o encerramento da votação. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já está fazendo a conferência das urnas, que foram zeradas na segunda-feira passada. Conforme o TRE, cada partido pode indicar um delegado por local de votação. E um fiscal por urna ou seção eleitoral.