Um grupo de dirigentes e ex-dirigentes sindicais do professorado paranaense está organizando um “Comitê de Defesa da Educação e pela Ética na Política” para, segundo eles, orientar e mobilizar a categoria nas eleições estaduais. Manifesto de lançamento do comitê critica a frente que lançou o senador Álvaro Dias ao governo do Paraná, chamando-a, ironicamente, de “quatrilho”.
Conforme os professores, que jamais esqueceram a repressão de que foram vítimas em frente ao Palácio Iguaçu quando Álvaro Dias era governador, a frente PDT, PPB e PTB é “no mínimo, muito estranha”. Para eles, o “quatrilho” formado por Álvaro, José Carlos Martinez, José Janene e Toni Garcia não pode ser aceita pelos professores como representante da oposição.
Entre os signatários do documento estão o professor Endy Paulo Chaves, da APP/Sindicato, e as professoras Maria Arlete Rosa e Dóris Brepohl. Quanto às eleições, o Comitê decidiu apoiar a candidatura do professor Romeu Miranda, do PT, para a Assembléia Legislativa e, para o governo do Estado, a tendência majoritária é pelo apoio ao candidato do PMDB, Roberto Requião.
“”De pronto já deixamos clara a nossa opinião em relação à frente que se formou em torno do ex-governador Álvaro Dias. O dia 30 de agosto de 1988 continua vivo em nossas memórias. E não acreditamos que o “quatrilho” formado por Álvaro Dias, José Carlos Martinez, José Janene e Toni Garcia, tenha qualquer compromisso com os professores e com a educação paranaense. Trata-se de uma frente, no mínimo, muito estranha.
“Não poderíamos deixar de mencionar também o notório “acordo branco” que o agora candidato do “quatrilho” ao Governo do Paraná firmou com o governador Jaime Lerner, nas eleições de 1998, derrotando a frente de oposição que tinha o apoio unânime dos professores paranaenses, diz a nota dos professores.