O Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ), de Nova York, pediu ontem que autoridades brasileiras investiguem com rigor a morte do jornalista Luciano Leitão Pedrosa, ocorrida no sábado em Vitória de Santo Antão, no interior de Pernambuco. “Pedimos que as autoridades conduzam uma completa investigação e considerem seu jornalismo como um possível motivo”, afirmou em nota o coordenador de América Latina do CPJ, Carlos Lauria.

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Pedrosa, de 46 anos, vinha denunciando a ligação de autoridades locais com quadrilhas da região em seus programas na TV Vitória e em uma rádio FM. Ele levou quatro tiros quando jantava em um restaurante da cidade e o pistoleiro fugiu de moto, com um companheiro, sem ser identificado. “Cabe às autoridades”, prosseguiu Lauria, “assegurar que os autores desse crime sejam levados à Justiça e garantir que jornalistas críticos possam trabalhar sem que suas vidas corram risco.”

É a segunda vez, em 20 dias, que um jornalista é atacado a tiros, no Brasil, e a terceira vez, em três dias, que entidades internacionais questionam autoridades brasileiras sobre a falta de garantias para os jornalistas no exercício de seu trabalho.

No dia 23 de março, o blogueiro carioca Ricardo Gama levou dois tiros no rosto e um no tórax quando passeava em Copacabana. Levado ao hospital Copa d’Or, foi submetido a exames e cirurgias. Gama tem criticado a polícia, em seus comentários na internet. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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