O governo do Estado fecha hoje a folha de pagamento dos servidores públicos referente ao mês de janeiro. Mas por causa do atraso nas nomeações, provocado pelo levantamento do número de cargos de confiança, o governo já programou uma folha complementar para a próxima terça-feira, dia 4.
Na segunda folha, deverão ser contemplados os nomeados para cargos em comissão que assumiram suas funções no início do ano ou que pertencem ao quadro de carreira do Estado e vão continuar recebendo as funções gratificadas.
Apesar da expectativa da Casa Civil, nem todos os secretários enviaram os dados solicitados pelo secretário Caíto Quintana para orientar os cortes dos cargos de confiança. A intenção do governo é reduzir pela metade a concessão de funções gratificadas, que chegavam a três mil na administração anterior. Antes de deixar o cargo, o ex-governador Jaime Lerner (PFL) exonerou dois mil comissionados. O novo governo cortou os cargos restantes.
Entre outras medidas estudadas para cortar gastos com a folha de pagamento, a Casa Civil estuda reduzir também a concessão da gratificação Tide (Tempo Integral e Dedicação Exclusiva), que foi ampliada na administração anterior para várias categorias. A Tide corresponde, em média, a 30% do salário-base.
A Casa Civil distribuiu uma nova resolução, estabelecendo prazo de cinco dias para que os secretários repassem à Casa Civil os dados exigidos. O governo pediu uma lista dos servidores que os secretários planejam ou já indicaram para cargos em confiança. Com base nesta relação, é que será decidido quais servidores de carreira irão manter os cargos. A intenção é restringi-los às funções de chefia.