Comissão pedirá que Lula condene guerra

A comissão de parlamentares brasileiros que esteve nos últimos dias no Iraque irá pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que manifeste a posição contrária do Brasil à guerra, independente das conclusões dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU). O deputado federal Florisvaldo “Rosinha” Fier (PT), único paranaense na comissão, declarou ontem que não existem motivos claros para a realização de uma guerra contra os iraquianos. Ele destacou que os deputados brasileiros devem apresentar o relatório da visita na Câmara Federal e na embaixada norte-americana no Brasil. Também estiveram no Iraque os deputados Orlando Fantasini (PT-SP), Jamil Murad (PC do B-SP) e Tarcísio Zimmermann (PT-RS), irmão do secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann.

Rosinha salientou que a imagem de Lula internacionalmente vem sendo muito bem vista e que, uma declaração contrária ao conflito pode ser muito importante para a concretização de um acordo de paz.

Conforme Rosinha, os iraquianos não falam sobre a guerra. E o governo insiste em dizer que os Estados Unidos querem apenas o domínio do petróleo do País. “Um dos desejos dos iraquianos é voltar a ter relações comerciais com o Brasil, encerradas após a Guerra do Golfo”, afirmou, contando que antes as negociações giravam em US$ 4 bilhões por ano e sete mil brasileiros viviam no País. A parte mais importante da visita foi o encontro com o russo Miroslav Gregóri, um dos técnicos diretores dos inspetores de armas da ONU. Segundo Rosinha, Gregóri afirmou que o Iraque não se nega a cooperar, porém faz isto de maneira passiva, só se manifestando após insinuações de existências de armas em determinado local.

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