A Comissão de Ética Pública da Presidência da República pediu novas explicações ao ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró “sobre a existência de eventual sonegação de dados relevantes ao Conselho de Administração” da empresa, relacionados à aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Segundo o presidente da Comissão, Américo Lacombe, a questão Pasadena ainda está em avaliação e não há um processo formalizado sobre o caso em análise pelo colegiado desde abril. O prazo para Cerveró apresentar as novas explicações é de dez dias. Lacombe não revelou que novas informações foram pedidas ao ex-diretor da estatal.

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Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a compra da refinaria de Pasadena foi aprovada pela presidente Dilma Rousseff, na época em que chefiava a Casa Civil e presidia o conselho de administração da Petrobras. Em resposta à reportagem, Dilma alegou que deu aval ao negócio por ter recebido “informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho”, elaborado por Cerveró, que comandava na época a diretoria internacional da estatal.

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), a compra da refinaria de Pasadena, pela Petrobras causou danos ao erário público da ordem de US$ 792 milhões. Há duas semanas, o relator do caso do TCU, ministro José Jorge, adiou a votação de uma decisão que poderia incluir a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, no processo que investiga possíveis irregularidades na compra da refinaria nos Estados Unidos.

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