A portas fechadas, a Comissão de Ética da Assembléia Legislativa faz amanhã, dia 22, a primeira reunião para ouvir os deputados Edson Praczyk (PL) e Renato Gaúcho (PDT) sobre a denúncia feita pelo governador Roberto Requião (PMDB), que acusou o deputado do PL de ter exigido R$ 45 milhões mensais em verbas publicitárias para votar a favor de projetos de interesse do governo. Praczyk reagiu acusando o governo de ter proposto a ajuda mensal para ter seu apoio na Assembléia Legislativa. Suas declarações foram reforçadas pelo testemunho de Gaúcho, que também participou de uma reunião com o secretário da Comunicação Social, Airton Pisseti, a quem Praczyk atribuiu a oferta.
O presidente da Comissão de Ética, Nelson Garcia (PSDB), disse que irá chamar ainda os deputados Chico Noroeste (PL), Mauro Moraes (PL) e ainda o ex-líder do governo Natálio Stica (PT), o atual líder, Dobrandino da Silva (PMDB), e ainda o secretário de Comunicação. Noroeste e Mauro Moraes também estiveram com o secretário e não confirmaram nenhuma das versões.
Garcia escolheu para relator do caso na comissão o líder da bancada do PMDB, deputado Antônio Anibelli. Segundo o presidente da comissão, a indicação do peemedebista não compromete as apurações já que não se trata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. "Nós estamos preocupados com os deputados e não com o governo", justificou.