Enquanto o governo tenta acelerar a investigação no Senado, a oposição concentra a estratégia na CPI mista, que já tem 19 dos 32 integrantes escalados. A instalação deve ocorrer na próxima semana, mesmo que os governistas não elejam seus representantes. A oposição ameaçou nesta quarta-feira antecipar a instalação, mas foi alertada da ausência de base regimental. A primeira reunião pode ocorrer com o time incompleto – metade mais um -, mas só depois que vencer o prazo para as indicações dos líderes, o que ocorre na próxima terça, 20.

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Apesar da demora em dar início aos trabalhos, a tendência é que a CPMI esvazie a CPI do Senado, que teve início hoje. Isso porque, com uma base mais insatisfeita na Câmara, o governo vai precisar estar alerta para eventuais ataques inesperados. O PMDB, por exemplo, terá como titulares na comissão o líder Eduardo Cunha (RJ) e Sandro Mabel (GO), ambos críticos do Planalto. Na Câmara, 13 das 16 vagas já estão preenchidas, faltando as indicações apenas do PT e do PROS.

No Senado, a oposição tinha eleito semana passada seus três representantes. Hoje o PROS indicou Ataídes Oliveira. Gim Argello (PTB-DF) e Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) foram nomeados como representantes do bloco União e Força. O líder do bloco da maioria, comandado pelo PMDB, ainda não escalou seus representantes, bem como o do bloco de apoio ao governo, Humberto Costa (PT-PE). Com a saída do PSB do bloco de apoio ao governo, formalizada hoje pelo líder da sigla no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), o partido deve ganhar uma vaga na comissão, segundo a regra da proporcionalidade.

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