Pelos cálculos do deputado Mário Sérgio Bradock (PMDB), faltavam ontem cinco carros para completar o processo de devolução dos veículos da Assembléia Legislativa que estavam à disposição dos parlamentares: um que servia ao gabinete do deputado Élio Rusch (PFL), um do gabinete do deputado Augustinho Zucchi (PDT), e três que estavam a serviço do gabinete do deputado Jocelito Canto (PTB).
O problema com o automóvel do deputado Neivo Beraldin, retido num posto da Polícia Rodoviária por atraso no pagamento de multas, já estaria praticamente resolvido, segundo o presidente da comissão especial criada pela Mesa executiva para tratar do assunto.
Bradock prevê que o primeiro leilão acontecerá no dia 30, com lote de 50 veículos e carta-caução no valor de R$ 1 milhão. O segundo lote, também de 50 carros, deverá acontecer 15 dias depois, e o terceiro na seqüência. Ele entende que embora não estejam juridicamente proibidos de participar do leilão público, os deputados não devem fazê-lo por uma questão moral: “Se o que buscamos é dar transparência ao uso dos recursos públicos, é melhor não participar do leilão”, opinou.
CPI
Bradock disse ainda que a CPI das universidades, cuja criação requereu na Assembléia Legislativa, pode ser instalada ainda esta semana, bem como a CPI da terra. Ele vai participar das duas. Da primeira, como presidente, e da segunda, como relator. Ele continua recebendo denúncias. A última delas de irregularidades na Universidade Estadual de Maringá, feita pelo Ministério Público. Bradock estuda a possibilidade de seguir para aquela cidade depois de amanhã, para conhecer melhor a situação da UEM.
O deputado observou que as duas comissões, por tratarem de temas polêmicos, devem movimentar o Legislativo este ano: “São muitas denúncias aguardando investigação”. No caso da CPI da terra, citou denúncia de desapropriações que o governo federal teria pago duas vezes. (SCP)
