O presidente da Comissão Especial do Impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB), pediu para que fossem retiradas das notas taquigráficas do Senado as falas que chamavam o presidente em exercício, Michel Temer, de “usurpador”. As notas funcionam como um diário do Senado Federal e podem ser consultadas posteriormente.

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A expressão foi usada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que é parte da tropa de choque de Dilma. Ela se recusou a retirar a fala e, em sua defesa, outros senadores alegaram que tinham o direito de usar a expressão, mas o presidente do colegiado determinou que o termo fosse excluído das notas.

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Não é a primeira vez, entretanto, que Lira pede a retirada de expressões das notas. Desde o início do processo no Senado, em abril, o senador tem a postura de mandar retirar dos registros expressões que considera agressivas. Na sessão dessa quarta, 3, ele também pediu a retirada do termo “relatório fraudulento”, expressão usada pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN) sobre o parecer do relator Antonio Anastasia. Ainda nessa tarde, ele pediu a retirada da expressão “quadrilha”, usada pelos senadores José Medeiros (PSD-MT) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) para se referir ao PT.

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Na primeira fase, também chamou atenção quando Lira pediu que fossem apagados dos registros as vezes em que os senadores da base de Temer chamaram a presidente afastada Dilma Rousseff de “ré”. Tecnicamente, a presidente só se torna ré quando o plenário do Senado aprovar a pronúncia, que deve ser votada na próxima semana.