A Comissão de Ética Pública reabriu ontem a discussão em relação ao caso do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que teve o seu patrimônio aumentado em 20 vezes nos últimos quatro anos e cuja empresa de consultoria recebeu grande parte dos recursos, conforme as denúncias, após a eleição da presidente Dilma Rousseff, quando ele já trabalhava como um dos seus principais auxiliares. O presidente interino da Comissão, Roberto Caldas, não quis confirmar a abertura de novo procedimento, encerrado no dia 16 de maio, alegando que “neste momento nós não podemos dizer se há abertura de procedimento contra qualquer ministro”.

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Segundo ele, “a abertura de procedimento é sempre sigilosa”. E emendou: “quando há abertura, para proteção do indivíduo que ainda pode se defender nos procedimentos de ética assim se faz. É a mesma coisa nos procedimentos de ética perante a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)”. O conselheiro informou, no entanto que, para a próxima reunião do dia primeiro de julho, ele mesmo levará para discussão na Comissão de Ética, o fato de o ministro Palocci não revelar sua agenda, o que é recomendado a todas as autoridades para garantir transparência.

Roberto Caldas declarou ainda que a decisão do Procurador Geral da República de não abrir investigação contra Palocci não afeta “em absolutamente nada” as posições da Comissão de Ética. “A esfera ética e a esfera legal não tem comunicação necessária”, justificou.

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