A Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou nesta quarta-feira um requerimento verbal do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) para que o órgão realize a partir de agora reuniões fechadas ao público em geral. Será autorizada a entrada apenas de deputados, funcionários e jornalistas. Feliciano disse que adota a medida com o “coração sangrando”. “Faço isso com o coração sangrando, mas, se não for dessa forma, não conseguiremos trabalhar”, disse, ao defender a aprovação do requerimento.

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O encontro desta quarta-feira ocorreu nesse formato. Ele disse ter recebido autorização do primeiro-vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), mas o petista afirmou que apenas foi informado do fechamento da sessão. Há dúvidas regimentais sobre se é possível determinar o fechamento de todos os trabalhos.

Como só havia apoiadores de Feliciano na reunião, a proposta foi aprovada em votação simbólica. A segurança para o encontro desta quarta-feira foi reforçada e os manifestantes foram barrados. Do lado de fora, a Polícia Legislativa teve de agir para que ativistas não invadissem a sala da presidência da comissão e o corredor que dá acesso ao plenário da Casa.

Após a sessão, o pastor e deputado federal do PSC de São Paulo justificou a medida. “Não é reservado, é aberto com restrições. Semana passada, nós tivemos tumulto e pessoas machucaram-se”, disse. Feliciano afirmou que poderá ser autorizada a entrada de representantes de alguns grupos, se for feita uma identificação prévia, mas não esclareceu como seria dada.

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Durante a reunião, a comissão aprovou oito requerimentos. O primeiro deles foi de uma moção de repúdio ao comportamento considerado homofóbico do presidente em exercício da Venezuela, Nicolas Maduro, que teria feito ataques dessa maneira ao adversário na eleição, Henrique Capriles. Uma das acusações de manifestantes contra Feliciano é justamente de homofobia.

Outro requerimento aprovado foi o de uma viagem do pastor à Bolívia para tratar da situação dos 12 torcedores corintianos presos. Feliciano disse que só irão ao país vizinho após a reunião de líderes convocada para a próxima semana para discutir a permanência dele no cargo. Questionado sobre se aceitaria algum pedido dos líderes, o pastor respondeu: “Desde que não seja para eu renunciar”. O pastor comemorou o resultado da reunião. “Hoje, foi sucesso.”

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