Já está na China a comissão que irá vistoriar as duas dragas que concorrem no processo licitatório da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) para a compra do equipamento.
Além do superintendente da Appa Daniel Lúcio Oliveira de Souza, outros dois técnicos da autarquia, uma equipe da sociedade classificadora contratada pela Appa e um convidado do Tribunal de Contas do Estado, o inspetor da 1ª Inspetoria de Controle Externo, Agileu Bittencourt, partiram sábado, com destino a Xangai e Lin Hai City, cidade onde estão as duas dragas classificadas.
A equipe da Appa irá verificar se as embarcações atendem aos critérios técnicos que declararam ter na concorrência, como calado, capacidade volumétrica e de bombeamento e autonomia em operação, entre outros requisitos.
Já a sociedade classificadora é uma equipe de especialistas, credenciados junto à Marinha e contratados pelo Porto para verificar aspectos relativos à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e da prevenção da poluição.
A licitação das dragas levantou suspeita quando foi divulgado que, apesar de as duas concorrentes estarem na China, seus representantes estariam um em São Paulo e outro em São José dos Pinhais.
A empresa pertence ao grego Georges Pantazis, que, em 1999 vendeu, mas não entregou, ao governo Jaime Lerner, 17 mil jaquetas de náilon para a Polícia Militar do Paraná, faturando R$ 1,7 milhões. Com elas o governo vai tentar resolver o problema do Canal da Galheta, que dá acesso ao Porto de Paranaguá.