A comissão especial de investigação do Apagão Aéreo da Assembléia Legislativa vai apresentar na próxima semana um parecer confirmando que faltam controladores de vôo e outros profissionais para fazer funcionar o tráfego aéreo no Estado. O presidente da Comissão de Transportes da Assembléia, deputado Marcelo Rangel (PPS) e o deputado Cleiton Quielse (PMDB), reuniram-se anteontem com o comando do Cindacta de Curitiba (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), quando foi apresentada a infra-estrutura de controle aéreo do Paraná.
?Seriam necessários aproximadamente 160 controladores para fazer esse trabalho, praticamente o dobro do efetivo atual do Cindacta?, afirmou Rangel. Segundo o deputado, os cerca de 80 controladores de vôo no Cindacta de Curitiba, são responsáveis atualmente pelo tráfego de aviões do sul de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul.
Porém, de acordo com Rangel, o problema não se resume aos controladores de vôo. ?Falta de funcionários está acontecendo também em outras áreas, como na comunicação, engenharia, operadores de software, meteorologia?, disse. Para ele, o problema do apagão aéreo pode acontecer também por falta de efetivo operacional em outras áreas.
Rangel afirmou também que, embora novos equipamentos já tenham chegado, os que estão sendo utilizados datam da década de 70. ?Falta ainda realizar treinamento, o que vai levar alguns meses, para que se possa colocar as novas tecnologias em operação. Esses novos equipamentos chegaram somente depois que o problema começou. O governo federal só fez investimentos agora?, disse.
Rangel e Quielse levaram uma comitiva de assessores ao Cindacta, para tirar fotografias e registrar os depoimentos do comando do Cindacta. Eles pretendem fazer um relatório documental e apresentá-lo à Assembléia na próxima semana. O objetivo a que se propuseram os deputados foi de buscar informações e repassá-las à população.