A Câmara de Curitiba aprovou por unanimidade na manhã desta terça-feira (22) a instauração de uma Comissão Processante que vai analisar as denúncias contra a vereadora Katia Dittrich (SD), eleita com o nome de urna “Katia dos Animais de Rua”. A parlamentar foi acusada por seis ex-funcionários de seu gabinete de se apropriar de parte dos salários pagos aos comissionados.
A Comissão Processante será presidida pelo vereador Cristiano Santos (PV), o relator será Osias Moraes (PRB) e o terceiro membro do colegiado é o vereador Toninho da Farmácia (PDT). A composição foi escolhida por sorteio e a comissão tem o prazo de 90 dias para concluir seus trabalhos. A pena máxima que pode ser aplicada à Katia Dittrich é a perda de mandato.
Segundo as denúncias, a vereadora pedia valores que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil e a forma de abordagem e repasse variava de acordo com cada servidor. Esse repasse era exigido dos assessores que ocupavam os cargos com os maiores salários do gabinete. Na denúncia, os servidores apresentaram dois comprovantes de transação bancária que totalizam R$ 6 mil.
Katia Dittrich nega as acusações e atribui a denúncia a um complô entre os ex-assessores e seu suplente no mandato, o vereador Zé Maria (SD).
Em uma entrevista coletiva concedida após a instauração da Comissão Processante, a vereadora afirmou que os ex-servidores foram “plantados” em seu gabinete pelo ex-vereador, que teria dito a ela para contratá-los, já que eles teriam experiência no trabalho legislativo.
Emocionada, a vereadora reafirmou sua inocência. “Eu vim aqui pelos animais e por eles vou continuar fazendo, não me importam as pessoas. Eu sou uma inocente e estou sendo vítima da sociedade por ser mulher, uma pessoa humilde e por ter uma causa”, afirmou.
