Roberto Requião e Paulo Pimentel, candidatos do PMDB ao governo e ao Senado, respectivamente, encerraram as atividades de domingo com dois grandes comícios. Em Araucária, aproximadamente dez mil pessoas acompanharam a divulgação das propostas de Requião, e se empolgaram quando o candidato ao governo falou diretamente aos jovens, explicando o projeto do Primeiro Emprego que, segundo ele, “é a solução para um dos graves problemas da juventude, de conseguir acesso ao mercado de trabalho sem experiência profissional”.
A proposta, segundo Requião, “é simples: o empresário contrata o jovem e paga o salário, enquanto o governo arca com despesas de ordem trabalhista e o pagamento de férias”. Requião explicou que o contratante deve manter um registro profissional do jovem por um período mínimo, de seis meses a um ano, para garantir os benefícios. No Rio Grande do Sul, onde projeto semelhante já está funcionando, 90% dos inscritos acabam sendo efetivados.
O candidato peemedebista também falou sobre os planos para combater a pobreza. Salientou que, se eleito, vai aplicar três medidas emergenciais para melhorar as condições de vida da população. Vai criar frentes de trabalho para acabar com o desemprego; reduzir tarifas de água e luz, levando um mínimo de qualidade de vida para a população; e distribuir um litro de leite para cada criança pobre do Estado, melhorando a saúde dos pequenos, até que atinjam os sete anos de idade, quando passam a receber a merenda nas escolas da rede pública de ensino.
A miss São José dos Pinhais, Fernanda Dantas foi uma das atrações da noite, em Araucária. Ela subiu ao palanque, declarou e pediu votos para Requião e Pimentel. Fernanda disse que a preocupação dos dois candidatos com a sociedade e o interesse em criar alternativas para incluir o jovem no mercado de trabalho fazem a diferença. “Isso demonstra respeito e carinho e é isso que precisamos”, disse ela.
O desempregado Clodoaldo Antônio da Silva, morador no centro de Araucária, veio até o Jardim Industrial assistir a festa e ouvir as propostas de Requião. Clodoaldo, que tem 34 anos, disse que procura emprego há seis meses, “está difícil pra todo mundo, mas a gente vê que até os patrões tem dificuldade em gerar empregos. A gente sabe que o governo fica com muito dinheiro do empresário e ele acaba falindo. Eu gostaria de trabalhar, mas quero ter certeza que não vou ficar sem trabalho após poucos meses de atividade”, disse.