No momento em que o DEM, principal aliado dos tucanos, se enfraqueceu no quadro político nacional, o governador de São Paulo, José Serra, e o secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, intensificam a agenda comum e participam de inaugurações e eventos juntos, dando o tom da dobradinha que deve ser feita em São Paulo. Embora a definição do cenário eleitoral do PSDB no Estado ainda dependa de decisão de Serra sobre a candidatura presidencial, o ex-governador se fortaleceu na disputa interna após a crise política envolvendo os aliados, que veem com desconfiança o nome de Alckmin na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

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Serra tem convidado Alckmin para participar de eventos, até dos que não fazem parte de sua pasta. No começo do mês, em Registro, no interior paulista, Alckmin já entrava no carro para voltar a São Paulo, quando foi convidado por Serra a esticar a viagem e seguirem juntos para outras duas cidades, Iguape e Itu, onde não havia agenda do secretário. Neste ano, estiveram juntos em 14 eventos, inaugurações e encontros com empresários. No fim de 2009, foram dois eventos públicos e três reuniões internas.

Apesar das aparições, a relação dos dois não é de proximidade. Longe de ser um dos principais colaboradores do governador, Alckmin assumiu o Desenvolvimento numa tentativa de Serra de costurar a união no partido. Em 2008, o ex-governador disputou a Prefeitura paulistana contrariando Serra, que apoiou Gilberto Kassab (DEM). A crise do DEM no Distrito Federal e o pedido de cassação de Kassab enfraqueceram o poder de veto dos aliados, que veem Alckmin com restrições e articulam apoio ao secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira.

Mas a posição de liderança de Alckmin nas pesquisas fez dele uma peça importante no caminho de Serra. Caso se decida a disputar a Presidência, terá de dedicar mais tempo a regiões onde o desempenho do PSDB é frágil, como o Nordeste. O apoio ao ex-governador deixa a questão paulista encaminhada.

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