Com o ativista Cesare Battista, preso em flagrante nesta quarta-feira, 4, tentando atravessar a fronteira do Brasil com a Bolívia, a Polícia Federal apreendeu US$ 6 mil e 1.300 euros, além de “documentos diversos” e, ainda, o que os agentes rotularam de “objeto não classificado”. Segundo o auto, objeto não classificado é: “um pino de plástico, cor laranja, com resquício de substância em pó de cor esbranquiçada”.
A PF autuou Battisti em flagrante por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
O “objeto não classificado” foi achado pelos agentes no chão da SUV placas GCX 7091, na qual Battisti viajava com dois amigos, Vanderlei Lima Silva e Paulo Neto Ferreira de Almeida.
Em seu interrogatório, o ativista – condenado na Itália à prisão perpétua por terrorismo – disse que ia fazer pescaria e comprar roupas de couro no país vizinho.
Questionado sobre o pó branco dentro do pino cor laranja encontrado no veículo em que viajava – conduzido por Paulo Almeida -, Cesare Battisti declarou. “Não tenho conhecimento”, afirmou.
O ativista negou ser o dono do “objeto não classificado”.
Ele afirmou que o carro e todos os seus ocupantes, inclusive ele, “foram revistados minuciosamente” pela Polícia Rodoviária Federal que os abordou um pouco antes de serem detidos. “Nenhuma droga foi encontrada”, disse.
Battisti declarou que ele e seus companheiros de viagem “não são usuários de droga”.
O “pó esbranquiçado” está sendo submetido à análise pelos peritos criminais federais, por solicitação do delegado Iuri de Oliveira, que autuou Battisti em flagrante. “A fim de verificar se a substância apreendida, que aparenta ser cocaína, está em quantidade suficiente para a realização de perícia e certifique-se. Caso seja possível encaminhe-se o material para que seja realizado laudo pericial sobre a natureza da substância.”