O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) imprimiu um novo ritmo aos trabalhos da Comissão de Infraestrutura, que fez nesta quinta-feira (12) a primeira reunião do ano. Em seu primeiro ato à frente da Comissão, Collor aprovou novas medidas para sabatina de autoridades que precisam da aprovação da Infraestrutura para assumir cargos nas agências reguladoras. Pelas novas regras, os candidatos terão de comprovar que não têm débito fiscal, além de demonstrar conhecimento das questões do setor que vão assumir.
Os oposicionistas aproveitaram a reunião para criticar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já os governistas reagiram à proposta do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) de instalar uma subcomissão para verificar e fazer diligência nos locais das obras do PAC.
Collor disse que prefere a formação de grupos de trabalho para verificar as obras do PAC. “Subcomissões burocratizam muito os trabalhos”, afirmou. A reunião da Infraestrutura começou às 8h36 – Collor havia marcado para às 8h30 – com a presença de apenas três senadores. Nas duas horas da reunião, Collor rebateu as declarações de que “era um parceiro do presidente Lula na comissão”. “Serei um parceiro dos interesses nacionais”, disse Collor.
Os integrantes da Infraestrutura aprovaram projeto, em caráter terminativo, que inclui a declaração de inaptidão da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) no rol de sanções imputáveis a quem comercializa combustível adulterado. Collor anunciou que pretende fazer reuniões, sempre às 8h30, todas as terças, quartas e quintas-feiras. “A grande dificuldade é quem tem espírito Executivo se adaptar ao ritmo e ritual do Legislativo”, observou Collor.