Os estrategistas da campanha de Beto Richa (PSDB) mudaram o nome da coligação de sua candidatura ao governo do Paraná. A expressão “Paraná de todos nós” vai ganhar o complemento “Vote Beto Richa Governador – 45” para marcar o nome e o número do candidato junto aos eleitores.
A alteração, já autorizada pelo TRE/PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), é uma tentativa de potencializar o nome de Beto, que ainda enfrenta a barreira do desconhecimento, sobretudo no interior do Estado.
Todo o material de divulgação do tucano e dos demais candidatos da coligação vai conter a nova denominação da aliança, que inclui ainda o PFL do governador Jaime Lerner, o PAN e o PSL. Ao colocar em evidência o nome, o cargo e o número do candidato, os tucanos pretendem ajudar na inserção de Beto junto a uma fatia expressiva do eleitorado que ainda não consegue localizar o vice-prefeito de Curitiba na disputa. Apesar de ter sido deputado estadual e ser filho do ex-governador José Richa, a avaliação dos estrategistas é que o eleitor ainda não está familiarizado com Beto.
Essa tem sido a justificativa da maioria das lideranças da coligação para os baixos percentuais de preferência obtidos por Beto nas pesquisas de intenção de voto. De acordo com a mais recente pesquisa do Ibope, divulgada há quinze dias, o candidato tucano tem 5% das intenções de voto, empatado em terceiro lugar com o candidato do PT, deputado federal Padre Roque Zimmermann.
O coordenador-geral da campanha de Beto Richa, Fabiano Braga Cortes, explicou que a mudança não será válida para o material que já está sendo distribuído. “Os partidos aliados terão quinze dias para adequar a propaganda à mudança. Neste período, o que está em uso continuará valendo”, explicou o coordenador jurídico da coligação, Carmino Donato Junior.
Sem novidades
A inclusão do número no nome da coligação já é utilizada por outros dois candidatos ao governo – Rubens Bueno (Vote Limpo 23) e Álvaro Dias (Coligação Vote 12). Bueno foi o primeiro a adotar essa estratégia. Álvaro mudou o nome por força de uma ação judicial impetrada pelo candidato do PPS, que contestou o uso da expressão “Frente Trabalhista”. alegando que o nome pertencia exclusivamente à chapa presidencial.