Cobrado pelo Planalto, o ministro do Esporte, Orlando Silva, informou ontem que vai abrir sindicância para apurar suspeitas de irregularidades no programa Segundo Tempo, reveladas em reportagens do jornal O Estado de S. Paulo desde o último domingo.

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Em entrevista no Palácio do Planalto após encontro para discutir a proposta da criação da Autoridade Pública Olímpica (APO) com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, Orlando Silva disse estar seguro de que não ocorreram danos aos cofres públicos. “Determinamos que uma equipe do ministério investigue todas as denúncias”, afirmou o ministro. “Eu diria que merecem a atenção todas as informações divulgadas na imprensa e nosso papel é apurar e punir.”

A uma pergunta sobre os convênios do ministério com entidades ligadas a representantes do PCdoB, partido ao qual é filiado, Orlando Silva respondeu que não discrimina ninguém. “Não pesquisamos a filiação dessas pessoas”, afirmou. “Não perguntamos a vinculação política. Existe neste país liberdade política partidária. O que não pode é usar critérios políticos para escolher as entidades.”

As reportagens do jornal O Estado de S. Paulo mostraram como o ministro entregou o programa Segundo Tempo a entidades sem fins lucrativos ligadas ao PCdoB. A reportagem visitou convênios fechados em São Paulo, Piauí, Santa Catarina, Distrito Federal e Goiás e identificou entidades fantasmas, núcleos fictícios, desvio de merenda, entre outras irregularidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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