A diferença porcentual entre os pré-candidatos à Presidência da República, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), caiu quase três vezes na pesquisa de segundo turno feita pela CNT/Sensus. Em novembro do ano passado, Serra tinha 46,8% das preferências de voto no segundo turno contra 28,2% de Dilma – a distância entre os dois era de 18,6 pontos porcentuais. Já no levamento feito em janeiro, essa diferença caiu para 6,89 pontos porcentuais, com Serra tendo 44% da preferência e Dilma, 37,1%. Brancos e nulos somam 10,1% e não sabem ou não responderam, 8,9% dos entrevistados.
“A pesquisa mostra que a ministra passa a ser uma candidata competitiva e intuitivamente diria que Serra parece estabilizado”, comentou hoje o técnico do Instituo Sensus Ricardo Guedes. Segundo ele, fazendo uma comparação mais retroativa, o avanço da candidatura da ministra é mais evidente. Na pesquisa de segundo turno realizada em fevereiro de 2008, Serra tinha 57,9% dos votos e Dilma
aparecia com 9,2%.
O levantamento da CNT/Sensus traçou ainda dois outros cenários para segundo turno. Num deles, Serra derrotaria Ciro Gomes, do PSB, com 47,6% dos votos ante 26,7% do oponente. No terceiro cenário, a ministra Dilma ultrapassa, pela primeira vez, Ciro Gomes num eventual segundo turno. Nessa lista, Dilma subiu de 31,5% em novembro para 43,3% em janeiro. Já Ciro, caiu de 35,1% para 31%.
Segundo a pesquisa, a ministra-chefe da Casa Civil tem o menor índice de rejeição entre os pré-candidatos. Entre os entrevistados, 28,4% disseram que não votariam nela. Já a pré-candidata do PV, Marina Silva, tem o maior índice de rejeição, com 36,6%. A rejeição de Serra é de 29,7%, enquanto a de Ciro é de 30,3%.