Suspeitas

CNJ inicia diligência para apurar irregularidades no TJ-PR

Uma equipe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou, ontem, uma diligência no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) com o objetivo de averiguar suspeita de irregularidade nas obras de construção do prédio anexo do Tribunal, inaugurado em 2005.

Acompanhados de dois auditores de Tribunal de Contas da União (TCU) eles investigam a suspeita de superfaturamento na construção, orçada em R$ 28 milhões e realizada por R$ 48 milhões.

O relator do pedido de providências, Walter Nunes, disse que o processo só aguarda o laudo técnico para apresentar o processo. Em 2006, uma sindicância interna apontou a suspeita de superfaturamento e a substituição de material por outro de menor qualidade, mas o relatório da sindicância acabou arquivado pelo plenário do TJ. A equipe de inspeção tem 30 dias para elaborar o laudo, mas quer concluí-lo ainda nesta semana.

Em nota, o presidente do TJPR, desembargador Miguel Kfouri Neto, disse que o órgão vai apoiar no que for preciso o trabalho no CNJ. Ele disse esperar que a perícia seja a oportunidade de “resolver de uma vez por todas” as alegações de superfaturamento na obra. “Nosso interesse é deixar tudo esclarecido. Este caso já está há muito tempo sem solução”, disse na nota.

Kfouri Neto disse não acreditar em superfaturamento. “Para sair por R$ 28 milhões, o custo seria de R$ 1 mil por metro quadrado”, alegou. “Mas essa é uma obra com granitos, ar condicionado, sistemas inteligentes, sprinklers contra incêndios, pisos cerâmicos. Custa mais do que isso”, concluiu.

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