O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu na tarde desta terça-feira, 5, abrir Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e afastar das atividades o magistrado Glicério de Angiólis Silva, acusado de assédio sexual e moral nas comarcas de Miracema e Laje de Muriaé, no Estado do Rio de Janeiro.

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O caso já havia sido analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), mas, apesar de ter sido observada a conduta irregular do juiz, foi arquivado sob o argumento de que “as reclamações foram motivadas pelo eficiente trabalho promovido por ele”.

O magistrado era alvo de dez acusações, como assédio sexual contra duas estagiárias, falta de urbanidade com advogados e servidores e remoção irregular de servidores.

O processo foi levado ao CNJ pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. A conselheira Iracema do Vale, relatora da revisão disciplinar, pediu o aprofundamento das investigações. “Inadmissível que um magistrado, investido regularmente de suas funções jurisdicionais, venha a portar-se de forma censurável, ainda mais em seu local de trabalho. Espera-se moderação, equilíbrio e sobriedade para a preservação da autoridade do cargo”, enfatizou.

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O presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, também reforçou a necessidade de abertura do Processo Administrativo Disciplinar e do afastamento do magistrado.

Defesa

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O espaço está aberto para a defesa do juiz Glicério de Angiólis Silva.