A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNNB) emitiu hoje uma nota condenando os atos de violência na Amazônia, envolvendo a morte de líderes camponeses. Na nota, a CNBB cobra ações efetivas do poder público para conter a violência na região. O texto cita que “a realidade de violência evidencia a gravidade da ausência do Estado naquela região”.

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“Não podemos permitir que prevaleça a lei do mais forte, pois significa a compactuação com as graves injustiças geradas, especialmente pela extração ilegal de madeira e pela ocupação ilegal do solo”, destaca o material da CNBB. A nota “cobra urgência de um projeto de reforma agrária e de uma política agrícola que respeite as diversidades regionais e os biomas”.

Em entrevista, o presidente da CNBB, d. Raymundo Damasceno Assis, falou que o governo deveria tomar medidas preventivas para que não ocorram novas mortes na região. Ele argumentou que as autoridades competentes tinham conhecimento das ameaças e que, infelizmente, “pouco foi feito para proteger essas famílias”.

“A CNBB exige apuração imediata, com a consequente punição dos culpados, bem como a proteção a todas as lideranças camponesas ameaçadas de morte”, pediu. Questionado se haveria negligência do Estado nessa questão, d. Raymundo Damasceno preferiu dizer que “as medidas só são tomadas quando ocorrem as mortes e a CNBB quer chamar atenção para essa situação dolorosa”.

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