O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, estará hoje no Paraná. Ele vem para um comício que será realizado à noite, em Jacarezinho, em conjunto com o candidato do PDT ao governo do Paraná, senador Álvaro Dias, e parte do grupo pefelista paranaense que o apóia na sucessão presidencial. Entre eles, os deputados federais Joaquim dos Santos Filho e Abelardo Lupion, vice-presidente estadual do PFL.

O palanque misto de Ciro Gomes – que está empatado com o senador José Serra (PSDB) em segundo lugar na disputa – só não terá a presença do candidato do PPS ao governo, o deputado federal Rubens Bueno. A assessoria de Alvaro informou que ele já tinha um comício marcado em Jacarezinho e que houve uma coincidência de programação. Ciro viria a Curitiba para inaugurar o comitê de apoio do grupo dissidente do PFL a sua candidatura. Mas, por problemas de agenda, a viagem teve que ser antecipada para hoje. O comício foi organizado por Lupion e está sendo patrocinado pelo grupo pefelista. Lupion convidou Álvaro para o evento.

Não será a primeira vez que os pefelistas dividirão um palanque com Alvaro Dias. Lupion e Santos Filho já participaram de eventos de campanha de Alvaro no Interior. Recentemente, Lupion esteve em um comício de Alvaro em Santo Antonio da Platina.

O deputado federal Rafael Greca, que também integra o bloco dissidente do PFL e apóia Ciro, não confirmou presença em Jacarezinho. Justificou que é patrono de um grupo de formandos em Curitiba e que terá dificuldades em cancelar o compromisso. Por via das dúvidas, o senador Geraldo Althoff, representante do PFL na coordenação da campanha de Ciro, reservou lugar para Greca no jato do presidenciável que faz escala em Curitiba.

Greca não tem se vinculado à candidatura de Alvaro. Disse que vai manter a neutralidade no primeiro turno. O deputado também tem se mantido longe dos palanques de Beto Richa, candidato ao governo da coligação PSDB/PFL.

Bueno comentou ontem a sua exclusão do palanque de Ciro no Paraná.”Ciro Gomes fez uma opção. Escolheu as companhias que terá na eleição paranaense. Terá o ônus e o bônus. Nossa campanha segue adiante, com coerência e dignidade acima de tudo. Sem olhar para trás”.

O secretário-geral do PPS/PR, Rubico Camargo, disse que a escolha de Ciro Gomes, aparentemente pragmática, se choca com a visão do partido no Paraná.

Vice processará União

Segundo Paulinho Pereira da Costa, com o atestado em mãos, será movida uma ação por danos morais contra a União, contra o procurador de Marília, Célio Viera, a ministra-chefe da CGU, Anadyr de Mendonça Rodrigues. “Vou ganhar dinheiro com essa ação e distribuir depois para os pobres”, afirmou. Paulinho deixou no ar se irá ou não depor na sexta-feira. “Hoje ainda é quarta-feira e ainda tenho três dias para pensar sobre isso”, disse.

Ontem, a corregedora-geral esteve em Curitiba e em uma entrevista coletiva disse que as ações da corregedoria foram definidas ainda no ano passado, quando as candidaturas ainda não estavam. Por isto a intenção não é prejudicar ninguém, apenas de cumprir o trabalho. Por um acaso a medida acabou atingindo um candidato. A corregedora explica que a publicação da nota com possíveis irregularidades no FAT faz parte de uma ação de transparência do órgão. Ela citou ainda que cinco notas sobre o caso já haviam sido divulgadas anteriormente. “Vivemos uma época atípica, eleições, qualquer cosa normal divulgada acaba ganhando conotações diferentes”, diz.

A respeito de um possível processo movido por Paulinho a procuradora disse que nada teme pois está cumprindo seu trabalho e sobre a informação de que a Força Sindical iria pedir uma auditoria externa na prestação de suas contas, ela afirmou que quanto mais gente trabalhando para cuidar da aplicação dos recursos da União, melhor. A Corregedoria já terminou seu trabalho com o FAT, agora é responsabilidade do Ministério do Trabalho fazer os ajustes necessários.

Reunião

Em Curitiba a corregedora-geral da União Anadyr de Mendonça Rodrigues se reuniu com os gerentes regionais para definir a nova linha de atuação do órgão, já que agora a Secretaria Federal de Controle Interno se uniu a Corregedoria para fiscalizar aplicação de verbas. Um dos benefícios deste “casamento” é a melhoria do sistema de ouvidoria. Anadyr afirma que nenhuma denúncia que chegar até o órgão, mesmo as anônimas, vai ficar sem resposta e todas serão divulgadas, como no caso do FAT.

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