Ciro acha que PMDB foi mais atingido pelo TSE

O ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PSB-CE), disse ontem em Curitiba que o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a regra de verticalização deve afetar principalmente o PMDB, não sendo muito prejudicial ao seu partido, ou mesmo a outras legendas. Embora no plano nacional o PSB participe do governo petista, Ciro afirmou que o partido ainda está fazendo uma discussão ampla na legenda, a fim de se buscar as melhores oportunidades de coligação para as eleições de outubro.

Ciro também reafirmou o compromisso de seu partido com o governo federal e fez uma defesa da integridade moral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no que diz respeito às denúncias do caso do mensalão, que atingiram membros do alto escalão do PT. Segundo o ex-ministro, Lula é um político ético. "Mesmo que haja problemas, todo mundo sabe que não existe governo de anjo", disse.

Sobre o fato de o PSB paranaense não ter relações tão próximas com o diretório estadual do PT, Ciro desviou o assunto e disse que as indefinições políticas no Paraná não acontecem somente no partido dele. O ex-ministro se referiu ao quadro político atual, em que, se por um lado legendas como PDT, PFL e PSDB tentam articular uma frente de oposição ampla à reeleição do governador Roberto Requião (PMDB), por outro, representantes peemedebistas e tucanos ensaiam uma aproximação.

O ex-ministro disse que não pretendia ser candidato neste ano, mas deverá concorrer a deputado federal no Ceará, para ajudar o partido a consolidar sua posição em nível nacional. Um dos motivos de sua candidatura, segundo ele, é atrair votos para que o PSB consiga vencer a Cláusula de Barreira, uma vez que esse dispositivo determina que somente os partidos que tiverem mais de 5% dos votos apurados na Câmara dos Deputados, terão "funcionamento parlamentar", possuindo direito à liderança e participação nas comissões.

O ex-ministro veio a Curitiba proferir palestra no IV Fórum Sul-Brasileiro do Setor Plástico. Ele falou sobre os "Horizontes para o Brasil depois das eleições".

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