O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta terça-feira, 29, que a elevação da Cide combustível é uma “alternativa que o governo pode eventualmente adotar”, mas ponderou que o governo ainda defende a reedição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), já apresentada ao Congresso. “Recorrer à Cide neste momento iria jogar a inflação para cima, por isso optamos pela CPMF”, disse, em audiência pública na Comissão Mista do Orçamento.

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Barbosa destacou que o retorno do chamado imposto do cheque é a alternativa com o menor impacto sobre a economia. Ele reconheceu que a aprovação da proposta é um grande desafio político e exige emprenho para ser aprovada.

Durante a sessão, o relator da Lei Orçamentária Anual (LOA/2016), Ricardo Barros (PP-PR), saiu em defesa da elevação da Cide, em detrimento da CPMF. Ele justificou que a medida é uma decisão administrativa do governo, que, ao contrário da CPMF, não precisa ser aprovada pelo Congresso, além de gerar arrecadação de ICMS para os Estados e recuperar o setor sucroalcooleiro. “CPMF, se for aprovada, vai ser no meio do ano que vem”, afirmou, ao explicar que o recurso é incerto e demoraria a entrar nos caixas do governo.

TJLP

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O ministro do Planejamento disse que, mesmo com a elevação da TJLP de 6,5% para 7%, o custo de carregamento financeiro do governo ainda é grande. Segundo ele, a diferença entre o que é pago e o que é recebido ainda é grande, já que são feitos empréstimos a essas taxas, mais baixas, ao mesmo tempo em que o governo se financia a taxas de 14%, 15%.

Na audiência pública na Comissão Mista do Orçamento do Congresso, Barbosa afirmou ainda que a nova proposta do Orçamento de 2016 diminui a necessidade de emissão de títulos da dívida para financiar despesas. Segundo ele, a proposta anterior, que previa déficit, tinha a previsão de R$ 52 bilhões com esse mecanismo. Ele explicou que, com as novas medidas de ajustes, essas emissões podem ser menores ou até deixarem de ser feitas para essa finalidade.

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Barbosa também disse que o governo vai reduzir o gasto com Saúde em R$ 3,8 bilhões no ano que vem. “Onde esse gasto vai ser reduzido? Pode ser nos processos de média e alta complexidade, ou outros. Estamos tentando construir alternativas”, comentou.