A deputada estadual Cida Borghetti (PP) recusou o convite feito pelo governador Roberto Requião (PMDB) para assumir a secretaria de Indústria, Comércio e Mercosul. A deputada, líder da bancada estadual do PP, disse que seguiu uma orientação do seu grupo político, que prefere continuar com um representante de Maringá e região na Assembléia Legislativa. Entretanto, o presidente estadual do PMDB, deputado Dobrandino da Silva, acha que a sucessão estadual do próximo ano interferiu na decisão da deputada do PP.

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Cida nega que a direção do partido tenha recomendado distância do Palácio Iguaçu. "O partido me liberou", garante a deputada. Mas os peemedebistas acreditam que o PP não quis antecipar uma decisão sobre suas composições eleitorais do próximo ano. Enquanto alguns setores do PP têm conversado com o PMDB para apoiar a reeleição de Requião, outros grupos já vêm negociando uma aliança com o PDT e o PSDB.

Conforme o dirigente estadual do PMDB, o PP teria avaliado que a participação de Cida no primeiro escalão do governo representava um pré-compromisso com o PMDB na eleição do próximo ano. Cida é cunhada do prefeito de Maringá, Sílvio Barros (PP), que tem como vice-prefeito Carlos Roberto Pupin. Ele é do PDT, dirigido no estado pelo senador Osmar Dias, pré-candidato ao governo em 2006. "Eles imaginaram que, talvez, se a Cida entrasse no governo, estaria no caminho de acertar um acordo eleitoral conosco", disse Dobrandino.

Possibilidades

O governador Roberto Requião pensou em ter o PTB na secretaria da Indústria, Comércio e Mercosul. Mas o partido não conseguiu entrar num acordo sobre o nome a indicar. O empresário Flávio Martinez teria sido vetado pelos irmãos deputados Carlos e Iris Simões. Já o empresário Joanir Zonta não teria tido o apoio de Martinez.

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O presidente estadual do PMDB disse que, dificilmente, o governador irá insistir em ter um nome do PP. Dobrandino observou que o governador tem interesse em um nome da região e não especificamente do PP. "A vinda da deputada Cida para o governo era uma bela aquisição. Mas nós temos que respeitar a decisão. O fato é que o governador disse que Londrina e Cascavel já têm representantes no governo. Maringá não tem ainda", comentou Dobrandino.

Para o dirigente peemedebista, apesar da rejeição ao convite, permanecem todas as chances de uma composição com o PP para o próximo ano. "Ainda é cedo para qualquer partido fechar acordos. Nós estamos conversando com o PP. O deputado Nelson Meurer (deputado federal do PP) esteve conversando conosco e por ele, o PP já teria um acordo fechado", comentou. 

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